quinta-feira, 29 de setembro de 2016



Fascinâncias


Hoje me deparei com ambiguidades. Eram duas forças duelando por minhas fascinâncias.
Queria não estar ali, mas aquele olhar me mostrava o mar, pedindo um mergulho profundo.
Faltava-me a coerência. A fala era verdadeira, mas eu mesmo parecia não estar em mim.
Havia algo de irregular naquela expressão.
Não sei ao certo como isso era possível.
Às vezes fugia um sorriso como uma charada.

A insegurança volta à espreita.
Sinto-me em um lugar instável dentro de mim.
Aquela figura tomou a cena pra si, mesmo sem mostrar essa intenção.
Sua atitude fugaz não causava medo em nenhum de nós.
Em suas palavras, as lágrimas pareciam se esforçar por sair, mas algo não permitia.
Era necessário muito mais para que alguém as conseguisse ver.

A direção para onde seguir era compreensível,
Nem ao menos pensar com clareza era possível.
Encosto a Espera e o Interesse e fico ali, em completa fascinância.
É preciso caminhar junto, não há espaços para contemplações.
Mover-se na sua direção, encontrá-la ali.
Não deixá-la só.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

8 7 6 5 4 3 2


Em um momento despretensioso
Numa caminhada desatenta

Nem ao menos havia um vislumbre do sublime
Sem lambida na palavra
Sem som de águas
Sem olhar 44

Aconteceu

Até a cena inteira parecia interessada naquilo
Cada som parecia como sabores
E as palavras como poemas
Conspirando

Respirei

                                                        Houve Encontro
Sorriso
Prazer
Magia
Alma
Elo
Ar

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Em tempo de mudanças



Alguém aí sabe como reconhecer quando as coisas mudam?
Como enxergar o vento dobrando à esquerda?

Se eu olho muito de perto,
sempre vejo transformações.
Se não me preocupo com isso,
não reconheço que os tempos são outros.

Mas, se estou lá,
se deixo meus olhos e meus sentidos abertos,
a vida mostrará suas nuances.

Talvez fosse vantajoso marcar
data e hora que a água vira gelo.
Poderíamos chamar isso de bom?

Não vale mais perceber a angústia nascendo dentro de si?
Se enrolar com a insegurança e o desafio
durante uma noite mal dormida,
só sabe quem passa.

Só curte quem se tornou essa mudança.

sábado, 17 de novembro de 2012

Certeza das próprias dúvidas


Posso ousar apenas fazer perguntas?
Teria eu o direito de apenas indagar livremente?
É fácil apenas fazer perguntas?

- Você acreditaria se eu dissesse que não?

Onde encontramos as dúvidas para colhê-las?
Ou dúvida não é algo que se cultiva?
De onde vem nossas dúvidas?

Queremos respostas?
Conseguimos escutar, enxergar, sentir as respostas?
As respostas são suficientes?

Alguém consegue responder ao que perguntamos?
Toda pergunta tem resposta?
Quem veio primeiro: a pergunta, a certeza, a resposta ou a indiferença?

Existiria nessa atmosfera ou além dela alguém que nunca precisou perguntar?
Que já nasceu sabendo?
Esse alguém seria A resposta absoluta?

Resposta para todas as perguntas?
Paz para toda dúvida?
Certeza que traz segurança?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

CrackonverGENTE.


Quando vejo uma criança, vejo vida
Quando percebo vida, procuro o mundo
Quando leio o mundo, encontro desafios
Quando os desafios se esclarecem, procuro pontes, gatilhos talvez

Quando piso as pontes ou aciono os gatilhos
Os desafios se tornam claros
O mundo enlarguece
A vida sorri
E a criança aparece pra fazer o que sabe melhor: brincar

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

É no cara a cara

A gente fala da influência das grandes mídias: TV, internet, rádios, etc.
Eu tenho minhas dúvidas: "Quem seriam as grandes mídias sem alguém que dê sua opinião sobre elas?"

Sinto isso quando sei que alguém escuta o que digo numa conversa téti a téti, cara a cara, mano a mano, olho no olho.
O que você diz para muitas pessoas pode não ser escutado, mas o que se fala num encontro a dois, BUM! isso pode acontecer mesmo.

As ideias mudam, as convicções são maleáveis, os conceitos são relacionados com as palavras, as pessoas influenciam as pessoas de forma GENUÍNA, SINCERA, falando do que se acredita.

Acredite no que você fala e verá o ouvinte estremecer.

Estremeceu?

domingo, 11 de dezembro de 2011

Sobre pais e filhos



1ª cena
    Os pais dizem: Vocês devem nos obedecer!
    Os filhos pensam: Quem disse que eles mandam na gente?
    Os pais insistem: Vocês estão ouvindo isso? Prestem atenção quando eu falar!
    Os filhos bombardeiam com seus olhos: Se eu falar vocês não vão gostar de ouvir.

2ª cena
    Os filhos com dúvidas: Meu Deus, como isso foi acontecer comigo? O que eu faço agora? Quem pode me ajudar?
    Os pais pensativos: Queria ser mais amigo dos meus filhos, conversar mais com eles, sei lá, pelo menos acompanhar mais a vida deles.
    Os filhos relutantes: Se ao menos minha família fosse igual a da Fulana, dava até pra trocar uma ideia.
    Os pais justificando: Se ao menos meus filhos me dessem mais orgulho, se seguissem meus conselhos...

3ª cena
    Os pais silenciam lamentando como poderia ter sido diferente:
    Os filhos silenciam lamentando como poderia ter sido diferente:

Quando ouvimos as pessoas INEVITAVELMENTE ouvimos histórias de FAMÍLIA. O problema é que a gente não entende que nós somos uma família também, essa é uma das maiores heranças do Reino Animal, todo animal vem de uma linhagem de animais iguais a ele.