quinta-feira, 29 de setembro de 2016



Fascinâncias


Hoje me deparei com ambiguidades. Eram duas forças duelando por minhas fascinâncias.
Queria não estar ali, mas aquele olhar me mostrava o mar, pedindo um mergulho profundo.
Faltava-me a coerência. A fala era verdadeira, mas eu mesmo parecia não estar em mim.
Havia algo de irregular naquela expressão.
Não sei ao certo como isso era possível.
Às vezes fugia um sorriso como uma charada.

A insegurança volta à espreita.
Sinto-me em um lugar instável dentro de mim.
Aquela figura tomou a cena pra si, mesmo sem mostrar essa intenção.
Sua atitude fugaz não causava medo em nenhum de nós.
Em suas palavras, as lágrimas pareciam se esforçar por sair, mas algo não permitia.
Era necessário muito mais para que alguém as conseguisse ver.

A direção para onde seguir era compreensível,
Nem ao menos pensar com clareza era possível.
Encosto a Espera e o Interesse e fico ali, em completa fascinância.
É preciso caminhar junto, não há espaços para contemplações.
Mover-se na sua direção, encontrá-la ali.
Não deixá-la só.