domingo, 1 de maio de 2011

Terra de Gigantes






Conheci um cara que entrou em uma casa muito modesta
Nessa casa, cada parede continha marcas de outrora
Ao tocá-las era como se falassem, gemessem,
Como se quisessem dividir aquilo que ouvira e viram

Seu telhado mostrava buracos, faltava parte da cobertura
Suas portas e janelas perderam a beleza e estavam frágeis
O alicerce já não era tão robusto como outrora
Algumas estacas de madeiras seguravam algumas paredes envelhecidas

A casa estava, assim, deserta e escura
Apenas algumas lembranças residiam lá
Ninguém notava sua presença na rua
As crianças não paravam para ouvir as histórias da velha casa

Mas nessa casa ainda restava um pouco de vida
Foi aí que ela lembrou de viver um pouco mais
Amou de novo a vida
Conquistou e reconquistou amigos e deixou de ser a velha chata da família

Ganhou sua alforria mesmo depois de idosa
Tornando-se gigante entre tantos tipos de gigantes
Pois finalmente alguém entrou lá.