domingo, 16 de janeiro de 2011

SEM SAÍDA



A gente vive dias e dias: dias em que tudo parece meio nebuloso, escuro, tão difícil, mas há dias que conseguem ser piores, complicado até pra descrever. Mesmo assim a gente continua vivo! Como pode ser isso? Que força estranha é essa de insistir em viver?


Deve haver algo mais forte em nós, mais primitivo, como se fosse constituinte da condição de estar vivo. Pode ser que seja diferente para cada pessoa, como uma digital, específico por pessoa.


Quem conhecerá isso? Ela muda com o tempo? Mudamos nossas digitais? Vejo que muitos entre nós procuramos esse sentido básico para viver em pessoas ou lugares fora de nós, o que gera grandes confusões.


Caramba, encontramos ilusões de tal forma maravilhosas e intensas que viramos dependentes desses momentos. E nossa vida gira em torno de momentos, viver momentos para poder dizer que vive. Não acredito que a vida está restrita a momentos, ela não pode ser assim tão mesquinha, é uma judiação, uma contradição enorme.


Quero viver a utopia da vida bem vivida. Sentir prazer por estar vivo, isso existe? Caminhar sem medo de lembrar de mim, sem me apavorar com meus sentimentos, respirar esperança, sem alienação, sem me enganar. Não me identifico com o saudosismo, há quem ache elegante sofrer, dá um sentido de estar vivo é verdade, é também atraente, mesmo assim sei que posso avançar sem forçar a barra.


Que o sonho seja possível e nunca vire realidade, pois a realidade é muito dura.

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